Carros elétricos são o futuro?
No último ano o número de busca por carros elétricos aumentou significativamente no mundo inteiro, sobretudo no Brasil que registrou número recorde de vendas no último ano. Os motivos por trás desse elevado crescimento são vários, onde logo podemos citar a baixa emissão de poluentes ao ambiente, a maior eficiência energética, maior custo-benefício dos veículos movidos a eletricidade e entre outros fatores que logo discutiremos.
A origem dos carros elétricos
Quando falamos em carros elétricos é impossível, principalmente para os mais velhos, não lembrarem dos nossos queridos veículos elétricos da Gurgel Motores na década de 80 que eram genuinamente brasileiros e trouxeram inovação e uma alternativa à nossa então dependência dos veículos movidos a combustíveis fósseis na época. Infelizmente, o projeto da Gurgel não conquistou espaço no mercado por muito tempo, e logo foram novamente perdendo espaço para os veículos a combustão interna até então. Mas o surgimento dos veículos elétricos ao redor do mundo foi bem antes Gurgel, uma das mais famosas e eficazes criações que podemos citar é a do Porsche P1 em 1899, um dos primeiros veículos elétricos que se tem conhecimento.
Já os mais jovens com certeza vão citar Elon Musk e seus veículos elétricos inteligentes da Tesla, como o Model S que oferece uma média de 652 km percorridos com uma única carga. No entanto, o fato é que já existem diversos modelos de veículos 100% elétricos e híbridos no mercado.
Custo
Quando se trata de acessibilidade, definitivamente esse não é o local de fala da maioria dos carros elétricos. O Brasil, no geral, já possui o estereótipo de possuir os modelos de veículos 0km mais caros do mundo, mesmo os carros populares tornam-se pouco acessíveis à população em geral, devido ao alto valor de impostos cobrados e demais encargos que são gerados no processo da compra. Sendo assim, quando se trata de carro elétrico, então, podemos dizer que esse comportamento de mercado é observado de maneira ainda mais alarmante, o modelo de carro elétrico mais acessível atualmente é o Renault Kwid E-Tech saindo por cerca de R$ 145.000,00 enquanto os mais sofisticados como um BMW iX por aproximadamente R$ 650.000,00.
SEGURANÇA
O que sabemos atualmente é que os carros elétricos que são híbridos têm a junção de um sistema para garantir seu funcionamento. Esse sistema consiste em: um motor de combustão interna + uma bateria de alta tensão, o que, por vezes, é a causa de preocupação para usuários mais propensos a preocupações, de fato, essa junção de sistema, que caracteriza o carro como sendo híbrido, acaba tendo como efeito colateral o aumento das chances do carro literalmente pegar fogo. Segundo estudos realizados em ambientes controlados, quando sujeitos a situações de estresse do circuito elétrico, os carros híbridos apresentam cerca de 3.4% mais chances de incendiarem, se comparados aos modelos de carros com sistemas tradicionais, que utilizam apenas o sistema de combustão interna.
A BATERIA DE UM CARRO ELÉTRICO PODE FICAR VICIADA?
A resposta para essa pergunta é: não! O tipo de bateria utilizada nesses modelos de veículos, assim como as atuais fabricadas não correm risco de ficarem viciadas, no entanto, uma preocupação comum aos donos desses veículos sustenta-se com base no tempo de vida útil dessas baterias, que pode sofrer variações que causem certos imprevistos aos usuários.
Atualmente um dos principais desafios para os engenheiros responsáveis pelo desenvolvimento das novas tecnologias relacionadas ao consumo energético dos carros elétricos e híbridos é fazer com que a bateria dure mais, demore menos tempo para recarregar e tenha uma vida útil prolongada, resolver essa questão de maneira eficaz representará um grande salto no desenvolvimento em termos de produção e comercialização desses veículos, já que, pode parecer desanimador para o usuário final caso ele precise, por exemplo, fazer uma longa viagem, mas para isso tenha que fazer longas pausas para recarregar o carro. No Brasil, essa pode ser uma preocupação ainda maior, se considerarmos que não há pontos de recarga elétrica em abundância, tampouco em posições estratégicas para quem deseja fazer longas viagens. Uma realidade que já é comum a muitos países mais desenvolvidos.
No Brasil, os modelos mais comuns de carros híbridos e elétricos demoram, em média, cerca de 4 horas para atingir a carga total necessária para quem deseja realizar uma longa viagem, se compararmos de forma simples com modelos tradicionais, a diferença de “tempo perdido” para “abastecimento” é de fato gritante, já que em um modelo tradicional movido a combustível o tempo para abastecer um tanque completamente vazio não excederia 5 minutos.
Mas todas essas questões não se tornam preocupantes se considerarmos a velocidade do avanço tecnológico nessa categoria. A Testa SuperCharger, por exemplo, já possui um protótipo em andamento de um modelo que promete uma recarga rápida, em até 15 minutos, que seria suficiente para percorrer cerca de 320km, sem dúvida, esse é um mercado promissor, repleto de investidores fiéis que irão impulsionar o surgimento de novas e mais avançadas tecnologias a cada ano, vale a pena apostar nisso!