OS DESAFIOS DO EMPREENDEDORISMO JOVEM NO BRASIL

Em “Tempos Modernos”, o ilustre ator Charles Chaplin interpreta o seu personagem clássico – Carlitos – trabalhador de uma fábrica aonde a sua função é ajustar parafusos de maneira alienante e repetitiva, retratando uma limitada capacitação do trabalhador, comum ao modelo de produção predominante. Tais limitações, contudo, excedem a ficção e são vivenciados de forma hodierna por jovens empreendedores, principalmente, em razão da parca qualificação educacional somada à danosa e capitalista rede de apoio financeiro destinado aos negócios, ocasionando sérios consequentes para a consumação do progresso do país.

            Em primeira análise, é relevante destacar o fato de que em uma sociedade aonde não há uma eficiente educação voltada para a instrução acerca do empreendedorismo apresenta-se de forma retrógrada e nociva no que diz respeito à economia do país. [U1] Assim, convém mencionar o pensamento do sociólogo Fernando Dolabela, que atribui às escolas o papel de adotar uma “pedagogia empreendedora” de forma a preparar seus alunos para a prática de comércio. Nessa abordagem, é essencial corrigir o modo de ensino das instituições – principalmente as públicas – de forma[U2]  a atenuar a exclusão das camadas socais mais vulneráveis, oferecendo a elas uma oportunidade de ascensão econômica.

            Ademais, cabe salientar a burocracia existente relativas à abertura e ao apoio de comércios no Brasil. Nesse contexto, convém ressaltar as ideias do economista Schumpeter a respeito do uso de estratégias capitalistas afim a fim de fomentar o empreendedorismo jovem. Embora, existam um sistema de apoio e concessão de créditos para os cidadãos, eles se tornam ineficazes, tendo em vista a alta restrição, a inércia e o desarranjo dos processos, muitas pessoas passam a desacreditarem no seu funcionamento e na sua sustentação. Tal situação é evidenciada por pesquisas realizadas pelo SEBRAE, que alertam sobre o fato de muitos negócios falirem em razão da falta de investimento.

            Em síntese, é premente o combate à invisibilidade do empreendedor jovem no Brasil e isso requer medidas por parte do Ministério da economia e da educação em parceria com bancos e o SEBRAE, com o intuito de modificar o cenário atual. Urge providenciar um plano de ações de expansão de concessão de créditos e também uma redução da carga tributária para pequenos e médios empresários, possibilitando, dessa forma, o incremento de atividades diversificadas, como também, deve ser adotada uma disciplina nos currículos escolares obrigatória direcionada à educação financeira. Destarte, o Brasil terá meios de fazer jus ao lema de sua bandeira “Ordem e Progresso”.

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